terça-feira, 22 de dezembro de 2009

COP-15 - O Jogo do empurra

"foto: poluicao numa cidade chinesa"








China rebate acusações de que "sequestrou" conferência do clima
da BBC Brasil

A porta-voz do governo da China, Jiang Yu, rebateu a acusação feita pelo ministro do Meio Ambiente do Reino Unido, Ed Miliband, de que o país teria "sequestrado" as negociações na conferência climática das partes, a COP-15, realizada em Copenhague, e que seria responsável pelo fracasso do encontro.

Jiang Yu não chegou a mencionar o nome de Miliband, mas disse que "certos políticos britânicos tinham intenções óbvias" de se esquivar das próprias obrigações e fomentar conflito entre os países em desenvolvimento, informou a agência estatal Xinhua.

O encontro, que durou duas semanas na capital dinamarquesa, foi concluído sem a adoção de um acordo que imponha limites para a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Um documento assinado pelos Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul foi o único resultado do encontro.

O documento, porém, não estabelece limites à poluição e indica apenas que os países concordam que a temperatura do planeta não pode subir mais de 2ºC.

As 192 nações participantes do encontro "registraram" o acordo em meio a muitos protestos por parte de países em risco, como o arquipélago de Tuvalu.

Obrigações

"Nós pedimos a eles que corrijam seus erros, cumpram com suas obrigações para com os países em desenvolvimento de forma séria e mantenham-se afastados de atividades que prejudiquem a cooperação da comunidade internacional no combate ao aquecimento global", disse Jiang em mensagem dirigida à Grã-Bretanha.

Miliband criticou a China em um artigo publicado no domingo no site do jornal britânico "The Guardian". De acordo com o ministro, um acordo entre todos os países membros das Nações Unidas não foi possível porque havia o interesse de alguns em "engavetar" o documento.

O ministro inglês acusou os chineses de vetar duas propostas de corte nas emissões de gases causadores do efeito estufa, "apesar do apoio de uma coalizão de países desenvolvidos e da vasta maioria de países em desenvolvimento".

Durante as negociações, China e países ricos estiveram em lados opostos.

A China, juntamente com outros emergentes, insiste que os países ricos devem investir mais e se comprometer com cortes mais ambiciosos das emissões de CO2 porque entraram no processo de industrialização mais cedo e, portanto, são responsáveis por uma parcela maior da poluição causadora do problema.

Os países ricos, por outro lado, reclamam que a China é atualmente a maior poluidora do mundo e que a adoção de um estilo de vida à moda ocidental não é sustentável para uma população de 1,3 bilhão de pessoas.




Além disso, durante as negociações em Copenhague, os países ricos pediram garantias de que poderiam fiscalizar e controlar os dados sobre ambiente registrados pelo países pobres, uma condição que a China vetou, argumentando temer violação de sua soberania.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Musicas de Sempre - You Can't Always Get What You Want

The Rolling Stones - You Can't Always Get What You Want

Eis um grupo que despensa quaisquer tipos de apresentacao, nao ha nada a dizer que ja nao tenha sido dito.



You Can't Always Get What You Want

[chorus]
I saw her today at a reception
A glass of wine in her hand
I knew she would meet her connection
At her feet was her footloose man

No, you can't always get what you want
You can't always get what you want
You can't always get what you want
And if you try sometime you find
You get what you need

I saw her today at the reception
A glass of wine in her hand
I knew she was gonna meet her connection
At her feet was her footloose man

You can't always get what you want
You can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometimes you might find
You get what you need

Oh yeah, hey hey hey, oh...

And I went down to the demonstration
To get my fair share of abuse
Singing, "We're gonna vent our frustration
If we don't we're gonna blow a 50-amp fuse"
Sing it to me now...

You can't always get what you want
You can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometimes well you just might find
You get what you need
Oh baby, yeah, yeah!

I went down to the Chelsea drugstore
To get your prescription filled
I was standing in line with Mr. Jimmy
And man, did he look pretty ill
We decided that we would have a soda
My favorite flavor, cherry red
I sung my song to Mr. Jimmy
Yeah, and he said one word to me, and that was "dead"
I said to him

You can't always get what you want, no!
You can't always get what you want (tell ya baby)
You can't always get what you want (no)
But if you try sometimes you just might find
You get what you need
Oh yes! Woo!

You get what you need--yeah, oh baby!
Oh yeah!

I saw her today at the reception
In her glass was a bleeding man
She was practiced at the art of deception
Well I could tell by her blood-stained hands

You can't always get what you want
You can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometimes you just might find
You just might find
You get what you need

You can't always get what you want (no, no baby)
You can't always get what you want
You can't always get what you want
But if you try sometimes you just might find
You just might find
You get what you need, ah yes...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mares em subida até dois metros


Jornal de Noticias online de 25 Novembro de 2009

Cenários para 2100 dão temperaturas de mais sete graus
00h30m
EDUARDA FERREIRA, * COM AGÊNCIAS
As perspectivas de aquecimento do planeta e subida do nível dos oceanos são mais catastróficas do que têm indicado os relatórios do grupo de peritos de todo o Mundo que têm colaborado com a ONU, avisam agora climatologistas alemães.

A menos de duas semanas do começo dos trabalhos da Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, multiplica-se a divulgação de estudos apontando para a necessidade de os decisores políticos adoptarem em Copenhaga compromissos para o decréscimo de emissões causadoras do efeito de estufa. Ontem, cientistas do Instituto de Potsdam, Alemanha deram conta de uma visão pessimista quanto ao futuro do planeta, caso os maiores poluidores adoptem medidas tímidas.

Os climatologistas de Potsdam garantem que o aquecimento global está a ser e será mais intenso do que o previsto nas previsões feitas no quarto relatório do grupo intergovernamental (GIEC), em 2007. Afirmam eles quer o aquecimento poderá atingir, no final do século, os sete graus, por comparação com a época pré-industrial. "Cada ano que passa aumentam as hipóteses de o aquecimento ultrapassar os 2ºC", avisam os investigadores. Se as emissões dos gases de efeitos de estufa não diminuírem drasticamente, o degelo das calotes polares levará ao aumento do nível dos oceanos de um a dois metros até ao final do século, estimam eles. As emissões de CO2 aumentaram 40% entre 1990 e 2008 e esse facto tornará mais difícil deter nos 2º C o aumento da temperatura, avisam também.

Em sintonia com esta visão, a Rede Internacional de Acção Climática, composta por mais de 500 organizações e de que faz parte a Quercus, advoga uma redução das emissões superior a 40% até 2020 tendo como referência os valores de 1990. Isto por parte dos países industrializados que deverão encontrar em Copenhaga um compromisso para que o pico das emissões se situe entre 2013 e 2017 e as concentrações de dióxido de carbono não excedam as 350 partículas por milhão. Além disto, a Rede de Acção Climática defende que os países em desenvolvimento recebam ajudas para limitar as emissões e para reduzir a zero as emissões com origem na desflorestação e degradação florestal. O financiamento dos países desenvolvidos aos que têm economias mais débeis deve cifrar-se em 195 mil milhões de dólares até 2020, contabilizou já a mesma organização ambientalista internacional.

As posições defendidas para Copenhaga pela Quercus referem a necessidade de uma redução das emissões em 80% até 2050 depois de 2020. De outra forma, defende esta organização, será impossível conter o aquecimento global abaixo dos 2º C.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

COMO EXPORTAR FELICIDADE






O FIB (FELICIDADE INTERNA BRUTA) É MAIS IMPORTANTE QUE O PIB

COMO EXPORTAR FELICIDADE

Texto e fotos: Haroldo Castro

Um pequeno reino no Himalaia ensina
ao mundo como ser feliz

"A Felicidade Interna Bruta é mais importante do que o PIB. Em nosso processo de desenvolvimento, a felicidade precede a prosperidade econômica." Jigme Singye, rei do Butão, em entrevista ao Financial Times
Uma nação encravada na Cordilheira do Himalaia está revolucionando alguns conceitos básicos da vida humana. Ao criar um novo índice para medir a qualidade de vida de seus habitantes, o Butão oferece uma receita inovadora para nosso mun­do de hoje, demasiadamente ancora­do em aspectos materiais.

Tudo começou com Jigme Singye Wangchuck, que substituiu seu pai como o rei do Butão, em 1972. Ele ti­nha apenas 17 anos de idade. Sua co­roação, dois anos mais tarde, marcou o fim do isolamento do pequeno pais (menor que o Estado do Rio de Janei­ro), escondido nas montanhas. De fato, até então, nenhum es­trangeiro tinha autori­zação para entrar no reino, a não ser quan­do convidado pela fa­mília real. A partir de 1974, o paraíso proi­bido começou a abrir as portas ao mundo.

Nos 34 anos de rei­nado, o desafio do rei Jigme Singye Wang­chuck foi o de equili­brar o desenvolvimen­to econômico com os valores culturais e espirituais da nação. Em 1987, respondendo a um repórter do jornal britânico Financial Times sobre a razão de o desenvolvimento no Butão caminhar a passos tão lentos, o rei teria respondido que "a Felicidade
Interna Bruta é mais importante do que o Produto Interno Bruto". E teria arrematado: "Em nosso processo de desenvolvimento, a felicidade precede a prosperidade econômica."

0 conceito de o bem-estar do indivíduo não estar obrigatoriamente relacionado com bens materiais passou a percorrer o mundo e chamou a atenção de estudiosos. Afinal, o índice Produto Interno Bruto (PIB), usado por todas as nações do planeta, sempre foi considerado limitado. 0 PIB é apenas uma fórmula que determina a quantidade total da produção e do consumo de serviços e bens por meio de transações econômicas. Pouco importa se a riqueza foi originada de guerras, prostituição e devastação da natureza ou é o resultado de um trabalho honesto e uma atividade sustentável.

Se algum bem é conservado e não é consumido, essa operação não é registrada no PIB, pois esta não gera um valor específico. Por exemplo, uma floresta mantida in­tacta não entra no cálculo do índice, enquanto o conserto de um veículo aci­dentado (que pode até ter provocado vítimas fatais) é contabilizado. O PIB não consegue medir o trabalho volun­tário e chega a ampliar a discrimina­ção contra as atividades não-remune­radas, cujas motivações estejam acima do ganho financeiro.

"As medidas do PIB não medem a degradação do meio ambiente, o esgotamento dos recursos naturais nem o agudo declínio na qualidade de vida dos cidadãos. Acho que, em todos os espectros políticos, existe o reconhe­cimento dessas deficiências e a con­vicção que é importante desenvolver medidas mais adequadas", afirma jo­seph Stiglitz, economista reconhecido com o Prêmio Nobel 2001 de Econo­mia. Stiglitz foi convidado pelo presi­dente francês, Nicolas Sarkozy, para desenvolver um novo sistema de cál­culo econômico que possa incluir fa­tores de qualidade de vida.

As palavras de um rei (adorado por seus súditos) sobre a importância da felicidade foram levadas a sério pelos butaneses. Era preciso colocar em prá­tica o desejo real e o índice Felicida­de Interna Bruta (FIB) devia ser sis­tematizado. Em 1998, o conselho de ministros estabeleceu o Centro de Es­tudos do Butão, o qual passou a orga­nizar as informações sobre a FIB. O conceito também foi incluído nos Pla­nos Qüinqüenais e foi definido que a FIB deveria se apoiar em quatro pila­res: desenvolvimento socioeconômico sustentável e eqüitativo, conservação ambiental, promoção do patrimônio cultural e boa governança.

Enquanto isso, ao redor do mundo, um número crescente de economis­tas, cientistas sociais e empresários buscava outras medidas e indicadores que levassem em consideração não apenas o fluxo de dinheiro (como no caso do PIB), mas também a saúde, a cultura, o tempo livre dos indivíduos, a conservação da natureza e outros fatores não-econômicos.

Vários índices começaram a apare­cer na década de 90. O primeiro pas­so foi dado com o estabelecimento do índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimen­to (PNUD), o IDH, além de incluir a renda per capita de um país, dá desta­que à expectativa de vida dos habitan­tes, ao grau de alfabetização e às rea­lizações educacionais.

Já o Indicador de Progresso Genuí­no (IPG) introduz em seus cálculos os fatores negativos criados pela socie­dade, os quais não são contabilizados pelo PIB. Por exemplo, a implantação de uma fábrica representa — indiscuti­velmente — um aumento no PIB de uma região. Mas se os benefícios tra­zidos pela nova empresa também vie­rem acompanhados por uma degrada­ção da saúde, da cultura e do bem-estar da comunidade, o resultado fi­nal pode ser zerado, anulando os be­nefícios econômicos trazidos. Segun­do os seguidores do IPG, existem vá­rios custos não-econômicos que de­vem ser incluídos, como o de uso dos recursos naturais, de perda dos ecos-sistemas, de poluição (sonora, do ar e da água), de criminalidade e, até mes­mo, de dissolução de famílias.

Outra tentativa de medir o bem-es­tar da sociedade, ainda menos ortodoxa, é o índice do Planeta Feliz (IPF), criado pela Fundação New Economics, um think-tank (usina de idéias) britâ­nico. Um dos componentes mais im­portantes do IPF é a eficiência ecoló­gica de uma nação e de seus indiví­duos. A idéia não é identificar o país "mais feliz" do planeta, mas sublinhar que é possível atingir altos índices de bem-estar e viver plenamente sem con­sumir excessivamente ou desgastar os recursos naturais.

Medir valores subjetivos, como a fe­licidade, é uma tarefa complicada, pois cada pessoa a compreende de forma distinta. Para alguns cientistas, a men­te funciona apenas como um aparelho que responde a estímulos externos. A felicidade, nesse caso, é percebida como uma conseqüência direta dos prazeres sensoriais registrados pela mente. Como estes são passageiros, a ênfase na busca de estímulos mate­riais é cada vez maior.
Já a filosofia budista aponta para ou­tra fonte de felicidade, aquela que tem origem em estímulos internos. E o es­tado em que o indivíduo vivencia o "ser", ao contrário de reagir apenas aos estímulos externos. A ciência compor­tamental comprovou que, de fato, a mente pode ser treinada por meio de práticas específicas (como a meditação) para promover estados duradouros de serenidade e contentamento. Quando a felicidade é compreendida dessa ma­neira, a busca desenfreada pelas sen­sações externas e o conseqüente con­sumo insustentável dos recursos natu­rais podem ser reduzidos consideravel­mente, promovendo uma economia mais saudável.



Segundo Karma Ura, presidente do Centro de Estudos do Butão, uma auto­ridade na pesquisa da FIB em seu país, a felicidade deve ser "um bem público, já que todos os seres humanos alme­jam alcançá-la". Ele acrescenta que "a busca da felicidade não pode ser deixada exclusivamente a cargo de esforços privados. Se o planejamento do governo e as condições macroeconômicas da nação forem adversos à felicidade, esse planejamento fracassará como meta co­letiva. Os governos precisam criar con­dições que conduzam à felicidade".

O primeiro-ministro do Butão, Jigmi Thinley, em discurso na Assembléia Ge­ral da ONU em setembro, explicou por que seu país instituiu a FIB. “É respon­sabilidade do Estado criar um ambiente que permita aos cidadãos buscar a feli­cidade." Ele considera que o ser huma­no deve ser visto de uma forma holísti­ca. "O bem-estar material é apenas um componente e este não assegura que os cidadãos estejam em paz com o am­biente e em harmonia entre eles."

Contando com o apoio incondicio­nal do monarca, a FIB passou a ser um elemento estratégico da política de planejamento do Butão e criou-se uma coleção de novos indicadores socioam­bientais. Um questionário com 1.300 perguntas foi elaborado e uma amos­tra da população respondeu ao teste. A pesquisa incluía as mais variadas perguntas, como quantas horas o in­divíduo dormia à noite ou quanto tem­po passava com amigos e parentes.

A convite do PNUD, Michael Pen­nock, diretor do Observatório para Saúde Pública em Vancouver, Canadá, passou três meses no Butão em 2006 para desenvolver um questionário mais "internacional" sobre a busca da felicidade. "O questionário butanês era muito longo, eram necessárias seis horas para ser respondido. Fui ao Bu­tão para criar uma versão menor, mais concisa, que pudesse ser respondida em 20 ou 30 minutos. Usamos apenas 100 variáveis para indicar os níveis de satisfação de um indivíduo no seu co­tidiano", diz Penncock.

Os pilares da FIB no Butão foram "ocidentalizados" e passaram a ter nove dimensões. Além das quatro ini­ciais — bom padrão de vida, boa governança, proteção ambiental e pro­moção da cultura — foram adicionados outros cinco itens: educação de quali­dade, boa saúde, vitalidade comunitá­ria, gestão equilibrada do tempo e bem-estar psicológico.

-Foi preciso dar pesos diferentes para cada área, em cada país. Para
países mais pobres, enfatizamos as ne­cessidades materiais. No Butão, um peso maior foi conferido ao aspecto cultural — o que não acontece no Canadá, uma nação multicultural por na­tureza", explica Penncock.
O conceito da FIB já chegou ao Bra­sil. No final de outubro, o butanês Kar­ma Ura se reuniu em São Paulo com empresários interessados em susten­tabilidade, deu palestras na Unicamp e na USP e participou da I Conferên­cia Brasileira sobre a FIB. Apesar de ter estranhado o clima quente e úmi­do, Ura adorou o calor humano brasi­leiro. "Tenho certeza de que o concei­to da Felicidade Interna Bruta vai ser bem aceito no Brasil. Vocês sabem o que é ser feliz."

Haroldo Castro viaja como jornalista, fotógrafo e conservacionista.
Ele é o fundador do Clube de Viajologia e já documentou 138 países.


haroldo@viajologia.com.br

www.viajologia.com.br


Revista Planeta JANEIRO 2009

retirado de:
holosgaia.blogspot

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Tábua de Esmeraldas


A Tabua de Esmeraldas e um texto atribuido a Hermes Trimegistus (Hermes tres vezes grande), este e o nome dado pelos neoplatonicos, misticos e alquimistas ao deus egipcio Thoth (ou Tehuti), identificado com o deus grego Hermes, ambos eram os deuses da escrita e da magia nas respectivas culturas.
A Tabua de Esmeraldas, foi um dos textos que deu origem a alquimia, a boa parte do ocultismo e lojas maconicas, sejam elas orientais ou ocidentais.
Surgiu primeiramente nos textos seguintes: Kitab Sirr al-Khaliqa wa Sanat al-Tabia (c. 650 d.C.), Kitab Sirr al-Asar (c. 800 d.C.), Kitab Ustuqus al-Uss al-Thani (século XII), e Secretum Secretorum (c. 1140).
Tambem conhecida como Tabua Esmeralda (teria sido originariamente gravado em uma esmeralda), Tabula Smaragdina, ou O Segredo de Hermes, trata-se de um texto antiquissimo que se propoe a revelar a natureza do universo e as suas transformacoes, seu texto e sucinto e alegorico e e considerado por muitos a pedra angular da alquimia europeia e de toda tradicao hermetica posterior, porque apesar de muito reduzido contem todos os ensinamentos da alquimia, basta conseguir interpreta-lo.

Esta e a tradução latina escrita por Johannes Hispaniensis, do sec. XVII, assim como a traducao para o portugues de cada uma destas influentes passagens:

A Tabua de Esmeralda

Verum sine mendacio, certum et verissimum
É verdade, certo e muito verdadeiro.

Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius, ad perpetranda miracula rei unius.
Que o que está embaixo é semelhante ao que está em cima e o que está em cima é semelhante ao que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa.

Et sict omnes res fuerunt ab uno, mediatione unius, sic omnes res natæ fuerunt ab hac una re, adaptatione.
E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas nasceram desta única coisa, por adaptação.

Pater ejus est Sol, mater ejus Luna, portavit illud Ventus in ventre suo; nutrix ejus Terra est.
O Sol é o pai, a mãe é a Lua, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua ama.

Pater omnes Telesmi totius mundi est hic.
O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.

Vis ejus integra est, si versa fuerit in Terram.
Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.

Separabis terram ab igne, subtile a spisso, suaviter, cum magno ingenio.
Separarás a terra do fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.

Ascendit a terra in cœlum, interumque descendit in terram et recipit vim superiorum et inferiorum.
Sobe da terra para o céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores.

Sic habebis gloriam totius mundi.
Desse modo obterás a glória do mundo.

Ideo fugiet a te omnis obscuritas.
E se afastarão de ti todas as trevas.

Hic est totius fortitudinis fortitudo fortis: quis vincet omnem rem subtilem omnemque solidam penetrabit.
Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: que vencers todas as coisas sutís e penetrará em tudo o que é sólido.

Sic mundus creatus est.
Assim o mundo foi criado.

Hinc erunt adaptationes mirabiles quarum modus est hic.
Esta é a fonte das admiráveis adaptações e seu mecanismo é este aqui indicado.

Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus, habens tres partes philosophiæ totius mundi.
Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes da filosofia universal.

Completum est quod dixi de operatione Solis.
O que eu disse da Obra Solar é completo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Americanizacao - Estados Unidos da Europa - Tratado Lisboa


Causa-me tristeza ver como tudo se esta a alterar a nossa volta sem que ninguem ou se aperceba ou se esteja a interessar.
Neste momento estou a assistir a Americanizacao numa escala e velocidades incriveis tanto a nivel Europeu como a nivel mundial e torna-se preocupante como essa cultura que nao tem absolutamente nada a ver com a nossa nos esta a ser impigida.
A cultura Americana e uma cultura estupidificante e extremista baseada em factores materialistas, de ostentacao e violencia, sem qualquer pingo de cultura artistica ou espiritual como a velha cultura Europeia.
Causa-me tristeza a forma como vejo ser-me impigida, aos meus familiares e amigos,constantemente uma bandeira (que e um simbolo e como tal extremamente poderoso) e uma filosofia de vida (nada melhor que a televisao e os meios de comunicacao para estas coisas) que e totalmente oposta a filosofia de vida com que fui habituado e ensinado a viver.
Causa-me tristeza a forma como estamos a ser conduzidos como ovelhas para uma politica Estados Unidenses com a criacao de uma Uniao Europeia que so nao recebe o nome de Estados Unidos da Europa para nao se tornar extremamente obvio.
O Tratado de Lisboa (http://europa.eu/lisbon_treaty/index_pt.htm)vem alterar os tratados da Uniao Europeia e da Comunidade Europeia actualmente em vigor, que segundo eles '...vem criar Uma Europa mais democratica e transparente, com um papel reforcado para o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais e mais oportunidades para que os cidadaos facam ouvir a sua voz...' acho engracado esta parte na medida em que este tratado foi ratificado a presa pelos parlamentos nacionais, sem a consulta por meio democratico como deveria ter sido feito atraves de referendo ou a qualquer julgamento ou opiniao por parte do eleitorado, excepto na irlanda onde o primeiro referendo deu um NAO claro (http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=148250&visual=3&layout=10), mas a presa para que este tratado entre em vigor e de tal ordem (existe a rapida necessidade de um alto representante europeu, para que e porque essa presa cabe-nos descobrir), que foi agendado um novo referendo (e um terceiro se voltasse a haver um nao,)mas com sondagens favoraveis ao tratado e outras lavagens a 2 de Outubro os Irlandeses milagrosamente disseram 'sim' (http://blogs.ft.com/brusselsblog/2009/10/irish-vote-gives-uks-cameron-a-chance-to-bury-lisbon/).

Vale a pena ler neste blogue sobre os processos (pouco) democráticos e o Tratado de Lisboa (ou Constituição Europeia)
(http://falascreve.blogspot.com/2009/09/os-processos-pouco-democraticos-e-o.html)

Tratado de Lisboa na Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Lisboa_(2007))

Mas afinal o que sabemos nos sobre o Tratado de Lisboa e as implicacoes que ele possa ter a nivel futuro? Absolutamente NADA, basta fazer um inquerito de rua e as respostas devem ser bastante conclusivas para nos apercebermos que andamos distraidos com outras coisas de menor importancia e que estas questoes de importancia vital nos estao a passar ao lado.
No fim o que acontece e que o poder que deveria estar na mao de muitos e leia-se populacao ou eleitorado esta a ser centralizado na mao muito poucos e com isto vamos perdendo mais e mais as liberdades basicas entre elas o direito a escolha e isto e deveras preocupante.



Vamos comecar a ter votacoes a americana (http://invirtus.net/in/story.php?title=elei%E7%F5es-eua-2008---como-funciona-o-sistema-eleitoral-norte-americano),em que o tribunal escolhe os Presidentes indepentemente quem ganhe nas urnas '...De facto, tiveram que ser os tribunais americanos, um mês depois das eleições, a darem a vitória ao candidato com menos votos populares nas eleições de 7 de Novembro de 2000, mas aquele que tinha mais grandes eleitores...' (http://www.infopedia.pt/$eleicoes-presidenciais-nos-eua-(2000)), e depois na sua reeleicao (http://resistir.info/energia/politics_of_the_pump_p.html), e isto depois para um presidente europeu que tera entre outras coisas a gestao da defesa e dos meios nucleares a sua responsabilidade, e as leis estao cada vez mais a serem feitas para prescindirem de eleicoes populares e passarem assim por cima da opiniao publica o que para mim tem um nome, cada um da-lhe o que quer para mim e um inicio camuflado de Estado Novo com um nome a escala mundial de Nova Ordem Mundial e ela esta ai, insinuosa, inteligente e assustadora.
Agora vejamos quando o premio nobel da paz (isto e de uma hipocrisia e inteligencia imensuraveis) Baraka Obama ja veio ameacar o Irao atraves do seu escritorio na voz de Hillary Clinton (http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=1387327#)com medidas drasticas por parte da comunidade internacional (EUA e UE), caso o plano de desarmamento nao avance rapidamente (tao rapidamente como a criacao da UE), eu pergunto a mim mesmo, quando estas duas grandes Unioes que se tornarao so uma desarmarem o mundo, quem os desarmara a eles? E que um estado sem oposicao e um estado totalitario.
Nao deveria o plano de desarmamento mundial ser feito a escala mundial incluindo EUA, UE, Japao, China e Russia por ex.? ou isto e so para os paises que possam fazer frente as grandes super potencias mundiais?
A Americanizacao Europeia e so uma forma de estupidificacao de massas, para que aceitemos o jugo sem questionar, da mesma forma que os americanos o aceitam sem questionarem o porque de terem presidentes que nao elegeram, o porque de terem uma cultura abaixo da media europeia, o porque de mandarem orgulhosamente os filhos para a guerra morrer e matar inocentes, ou nao, a troco de petroleo.
Estamos todos no mesmo barco em que nos encontramos a perder a identidade e a liberdade.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Musica do Mundo - Playing for Change-Song Around The World

Simplesmente expectacular

Stand By Me


War/No More Trouble:


One Love

Don't Worry

Teresa Forcades - Pregar contra a vacina do H1N1


Esta noticia que vem no Jornal de Noticias de 10-10-2009, merece ser divulgada, como tal vou passa-la aqui na integra.

Pregar contra a vacina do H1N1

A história de... Teresa Forcades, freira beneditina catalã, doutorada em medicina
2009-10-10
FERNANDO BASTO

A religiosa investigou sobre a gripe A e ficou alarmada com a informação recolhida. Gravou um vídeo de 60 minutos, que corre o mundo no YouTube. "Digam não à vacina" é o seu grito de alerta.
Graças à gripe A e ao YouTube, a freira beneditina espanhola Teresa Forcades tornou-se rapidamente conhecida por todo o Mundo. Num vídeo com a duração de aproximadamente 60 minutos, a religiosa "prega" ao mundo contra a vacina da gripe A, alerta para os riscos que ela comporta e defende que ninguém deva ser obrigado a vacinar-se.
Que conhecimentos tem uma freira beneditina para iniciar uma espécie de cruzada contra a vacina do vírus H1N1? No vídeo, a freira catalã - autora dos livros "Os crimes das grandes companhias farmacêuticas" e "A teologia feminista" - começa por dar conta da sua formação académica, não vá haver dúvidas. É doutorada em Medicina pela Universidade de Barcelona. Estudou Teologia na Universidade norte-americana de Harvard e tomou ordens no mosteiro de Sant Benet, próximo de Montserrat, próximo de Barcelona.
Teresa Forcades foi convidada a fazer um estudo exaustivo sobre o vírus da gripe A. Concluída a investigação, a freira ficou preocupada com todo o alarido gerado em torno de uma propalada pandemia. E ainda mais intranquila ficou ao saber que a Organização Mundial de Saúde (OMS) poderia vir a considerar a vacinação obrigatória. Numa espécie de "cruzada" contra "interesses económicos" da indústria farmacêutica, a religiosa correu a posar para uma "webcam" e preparar um vídeo de alerta para o mundo. Hoje, já milhões de pessoas ouviram, com atenção, as suas explicações.
Começa por salientar que a gripe A é uma enfermidade com índices de mortalidade inferiores aos da gripe sazonal. "Se a mortalidade é menor, como se pode declarar uma pandemia?", indaga. Teresa Forcades considera "inexplicável" o grau de "irresponsabilidade" demonstrado pela OMS, pelos governos e pelas agências de controlo e prevenção de doenças ao declarar uma pandemia e promover um nível de alerta sanitário máximo "sem uma base real".
A freira enumera três novidades na vacina contra o H1N1 em relação à vacina contra a gripe sazonal. Começa por dizer que os laboratórios farmacêuticos criaram uma vacina de forma a que apenas uma injecção não seja suficiente para a inoculação, sendo, antes, necessárias duas doses. Além disso - realça -, a OMS recomenda que também não se deixe de tomar a vacina da gripe sazonal, o que leva uma pessoa a expor-se a ser injectada três vezes. Segunda novidade para a religiosa é o facto de alguns laboratório terem juntado à vacina coadjuvantes mais potentes do que aqueles utilizados até agora na vacina anual. Terceira e última novidade: a indústria farmacêutica está a exigir aos estados que assinem acordos que lhes proporcionem impunidade caso as vacinas tenham mais efeitos secundários do que os previstos. Os EUA já assinaram um acordo que libera tanto os políticos como as farmacêuticas de toda a responsabilidade pelos efeitos secundários da vacina.
Em jeito de conclusão, Teresa Forcades deixa claro ser necessário manter a calma, tomar as precauções sensatas para evitar o contágio e, sobretudo, "não deixar-se vacinar".
E termina com um apelo: "Peço que se active com carácter urgente os mecanismos legais (...) para assegurar de forma clara que não se poderá forçar ninguém no nosso país a vacinar-se contra a sua vontade e os que decidam livremente vacinar-se não sejam privados do direito de exigir responsabilidades nem do direito a serem recompensados economicamente (eles e os seus familiares) no caso da vacina lhes causar uma doença grave ou a morte".

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Musicas do Mundo - Peter Murphy "Dust"

Peter John Murphy (11 de Julho de 1957, Inglaterra), foi o carismatico vocalista da mitica banda Bauhaus, da qual saiu apos cinco anos, iniciando a carreira a solo.

"Dust" e o seu album de 2002 onde expoe pela primeira vez a sua relacao com a Turquia (e casado com a lider da Companhia Turca Nacional de Danca Moderna de nome Beyhan), uma aura mistica e espiritual transparece em todos os temas de cariz oriental arabe e uma enorme variedade instrumental (violino, violoncelo, piano, citara, djambe, didgeridoo, etc) em mistura com sons electronicos, onde a sua voz peculiar sobressai de forma magistral.


“Dust isn't for everyone...and that's its charm. It's encouraging to see Murphy, twenty-odd years into his career, moving so confidently in new directions rather than rehashing old glories. If Dust is any indication, his best years may still be ahead of him.”
George Zahora in “Splendid” (21/6/2002)


Peter Murphy - "Dust"

01 Things To Remember

02 Fare Sparkle Or Golden Dust

03 No Home Without It's Sire

04 Just For Love

05 Girlchild Aglow

06 Your Face

07 Jungle Haze

08 My Last Two Weeks

09 Subway (Epilogue)


Fica aqui um gostinho...

Things To Remember


Fare Sparkle Or Golden Dust

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Desperdicios - Vida

Desperdicei a minha vida.

Finalmente apercebi-me realmente disso, desperdicei metade da minha vida em busca de algo que afinal sempre esteve comigo e que so agora cheguei a conclusao e a maturidade para entender isso.
Resta-me mais quarenta e tal anos de vida, ou seja atingi a metade e so tenho a outra metade para realizar aquilo para o qual nasci, se era o meu destino aperceber-me so agora desse facto nao sei, so sei que me resta tentar ao maximo recuperar esse tempo da melhor forma.

Claro que falo por mim como e logico, mas penso que cada um deveria fazer uma lavagem interior, uma introspeccao sincera e analisar tudo que viveu ate a data e descobrir se esta realmente a seguir e a fazer aquilo para o qual sente que nasceu, o se anda somente a desperdicar existencia atras de ilusoes, esta analise deve ser feita de uma forma sincera, sem mentiras, indulgencias, autocomiseracoes ou piedades de qualquer especie, uma analise fria e conclusiva do que se deperdicou e se o que resta e suficiente para compensar as perdas.

Queimamos tempo com coisas e ideias inuteis, pensando que somos eternos, ate que um belo dia caimos em nos e vemos que nao e bem assim, temos os minutos contados ao cimo deste planeta e como tal temos de os viver tirando o maximo partido e prazer de cada um deles.

Por exemplo cheguei finalmente a conclusao de que o que gostaria realmente de fazer era pintar, ou seja a minha real paixao e a pintura.
Agora fazendo contas por alto (a velocidade e da forma como pinto), se fizer contas a um ou dois quadros que acabe por ano da-me na melhor das hipoteses cerca de 80 quadros para fazer, assustador nao? Agora caso consiga e isto a pintar umas horas todos os dias acabar dois quadros por mes, vai-me dar a modestia quantia de 960 quadros acabados ate ao final da minha passagem por este mundo, nao me vai dar para arranjar grande fortuna.

O tempo que desperdicei nao me da ou dificilmente me vai dar para atingir o milhar de quadros terminados, o que quer dizer que desperdicei anos a procura da minha real paixao, para me aperceber que ela sempre esteve comigo, sempre fez parte de mim e que afinal nao tive foi a capacidade, a maturidade e a coragem de alterar a minha vida de forma a poder usufruir dessa minha paixao atempadamente, como tal tenho de inventar desculpas a mim mesmo (e que simples isso e, que simples e cairmos na autocomiseracao), agora nao posso e desperdicar o tempo que me resta com choros e lamentacoes pelo que poderia ter feito, ou seja nao me resta tempo para desperdicar mais tempo, so tenho de seguir em frente e lutar por essa paixao com o maximo de prazer.
Houve na minha vida muito boa gente que viu o caminho que as coisas levavam e que tentaram me dizer, muito boa gente que apostou me mim e nas minhas capacidades, mas perante as quais nao tive a minima humildade em reconhecer que talvez poderiam ter razao, e um problema quando pensamos que sabemos tudo e descobrimos que afinal nas sabemos absolutamente nada e so temos essa mania egocentrista de que somos os donos da verdade absoluta porque no fundo trememos de medo e esse e o nosso escudo contra esse medo, contra o medo que temos do desconhecido, o pior e que o desconhecido na maior parte das vezes somos nos mesmos.
Estou a falar de pintar no meu caso, mas quem diz pintar diz estar com a pessoa de quem se gosta, estar com os amigos, com os filhos, enfim tirar partido e intensificar ao maximo tudo aquilo do qual possamos tirar, e que nos de prazer fazer na vida, que nos de bem estar, harmonia e fundamentalmente paz, so assim poderemos atingir na velhice um estado em que quando olharmos para tras so nos poderemos sentir bem connosco mesmo, sem magoas, rancores, desilusoes, odios, so assim poderemos entao abracar a morte como ela merece ser abracada, com a docura de se ter tido uma vida proveitosa, cheia e plena.
Descobri finalmente algo para mim mesmo, no fim fico feliz porque o tempo que perdi nao foi em vao, perdi para umas coisas mas ganhei em conhecimento, conhecimento que me vai fazer abracar a vida de forma diferente, veio tarde mas nao tao tarde como para aqueles que morrem sem o menor conhecimento do que estiveram a fazer neste mundo, ou para o qual nasceram.
Veio tarde mas talvez nao tao tarde do que para aqueles que morrem num completo desperdicio de existencia.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Jorge Luís Borges

Jorge Luís Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de Agosto de 1899 —Genebra, 14 de Junho de 1986), e considerado o maior poeta Argentino de todos os tempos e um dos mais importantes escritores da literatura mundial.
Poeta, escritor, tradutor, critico e ensaista, e bastante conhecido pelos seus contos e historias curtas, escreveu aos nove anos o seu primeiro conto "La Visera Fatal", inspirado num dos episodios de Dom Quixote.
Adquire desde cedo o dominio perfeito da lingua inglesa.
Entre 1914 e 1921 reside e estuda em Italia e na Suica, passando tambem por Espanha.
Em 1921 regressa a Argentina, onde funda "Proa" uma revista vanguardista e comeca a publicar como critico literario em diversas publicacoes.
Nos anos 50 da aulas de Literatura Inglesa na Universidade de Buenos Aires e preside a Associacao Argentina de Escritores, com graves problemas visuais desde a juventude, a partir de 1956 fica totalmente cego.
E nomeado director da Biblioteca Nacional apos a queda do regime de Juan Peron.
Aos 87 anos parte para Genebra a fim de la falecer.
Entre as principais obras de Jorge Luis Borges destacam-se: "Ficcoes", "El Aleph", "Historia Universal da Infamia", entre outros.

"Seu texto é sempre o de uma pessoa que, reconhecendo honestamente a fragilidade e as limitações do ser humano, nos coloca diante de reflexões nas quais, com freqüência, está presente o nosso próprio destino." (Miguel A. Paladino).


ARTE POETICA - Jorge Luís Borges

Mirar el río hecho de tiempo y agua,
y recordar que el tiempo es otro río,
saber que nos perdemos como el río
y que los rostros pasan como el agua.

Sentir que la vigilia es otro sueño
que sueña no soñar y que la muerte
que teme nuestra carne es esa muerte
de cada noche, que se llama sueño.

Ver en el día o en el año un símbolo
de los días del hombre y de sus años,
convertir el ultraje de los años
en una música, un rumor y un símbolo

ver en la muerte el sueño, en el ocaso
un triste oro, tal es la poesía
que es inmortal y pobre.
La poesía vuelve como la aurora y el ocaso.

A veces en las tardes una cara
nos mira desde el fondo de un espejo;
el arte debe ser como ese espejo
que nos revela nuestra propia cara

Cuentan que Ulises, harto de prodigios,
lloró de amor al divisar su Itaca
verde y humilde.El arte es esa Itaca
de verde eternidad, no de prodigios.

También es como el río interminable
que pasa y queda y es cristal de un mismo
Heráclito inconstante, que es el mismo
y es otro, como el río interminable.

De El Hacedor (1960)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Musicas do mundo - Lauryn Hill

Lauryn Hill (25 de Maio de 1975), fez parte do trio musical The Fugees.
Com o lancamento do seu primeiro disco a solo "The Miseducation of Lauryn Hill" de 1998, , teve onze nomeacoes aos Grammy de 1999, levando cinco premios, entre eles o de Album do Ano e Melhor Cantora do Ano.
E do seu segundo album "MTV Unplugged 2.o" (DVD que vale a pena ver e acima de tudo escutar com atencao), que coloco as seguintes musicas:

"Rebel"



"I Gotta Find Peace of Mind "

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Escravidao e Liberdade

Tornei-me escravo a partir do dia em que nasci.

Tudo porque na sua boa fe, os meus pais me ensinaram o que os pais dos pais deles lhes tinham ensinado, ensinaram-me a ver o mundo de uma forma material e concreta, entrei a partir desse preciso momento num circulo vicioso de informacao que constitui-o e realizou o mundo que me rodeou durante muitos e muitos anos e do qual so agora comeco a emergir, no momento em que nasci posso afirmar que me tornei escravo de estereotipos, dogmas e formas de ver e viver a vida que nunca foram realmente meus, mas que me foram incutidos por seculos de antiga escravidao e servidao a dogmas religiosos, sociais e politicos, de antepassados e fantasmas de antepassados com formas de pensamento retrogrado e hermetico.

Num ponto da minha existencia, tornei-me escravo do amor, da necessidade, do desejo, sonhei comprar casa e constituir familia, a casa nunca foi minha e a familia perdeu-se, restou o que restou, a escravidao das dividas e da responsabilidade, a escravidao dos bens materiais e amores fugases, a escravidao dos pequenos vicios, a escravidao de mim mesmo.

A beber um calice de vinho, sentado no sofa, ouco as Nocturnas de Chopin, iluminado pelas tremeluzentes chamas das duas grandes velas da sala, enquanto as estrelas entram pelas enormes janelas e pela claraboia, na solidao romantica e languida de uma noite a solo.
E acordado sonho com Ilhas magicas e Princesas encantadas, sonho com as viagens que hei-de fazer, com os locais que hei-de ver, com as aventuras que hei-de viver, so que as Ilhas magicas e as Princesas encantadas, nao passam disso mesmo, de sonhos Quixotescos com que tento disfarcar a enorme confusao em que me encontro neste momento de renovacao, evolucao espiritual e cognitiva, num momento em que luto com o choque entre o que me foi incutido e o que aprendi posteriormente, numa guerra entre o antigo e bolorento e o novo e misterioso, em que todas as coisas que tinha como certas e imutaveis, afinal nao passavam de meras mentiras e ilusoes, em que me apercebo de que todas as coisas que me foram incutidas eram falsas, de que afinal todos os meus fantasmas antepassados e os seus ensinamentos estavam em grande parte errados e de que o mundo e toda a sua realidade e totalmente diferente e de uma enorme complexidade e que afinal sou mais e tenho mais em mim do que aquilo que me foi levado a pensar que era e tinha.
E penso, de que e tempo de recomecar de novo, de despir a velha pele e recomecar de novo comigo mesmo e partir, sem olhar para tras, tenho a necessidade de abandonar tudo e respirar o vento, sentir a verdadeira liberdade da qual comeco a ter vislumbres.
As palavras teem poder e isto nao e um conceito vazio e uma verdade, embora para mim as mais poderosas sejam sim e nao, porque sao o nosso livre arbitrio exteriorizado, todas as palavras teem real poder porque estao impregnadas da realidade que tentam exprimir, palavras como amor, verdade, mentira, paixao, odio, sao extremamente poderosas porque tem o poder de mudar vidas so pelo simples emprego de uma delas em alguma ocasiao que as pronunciemos, liberdade e uma delas.

Liberdade, como e que uma simples palavra pode exprimir tudo aquilo que esta consegue? E como e que esta palavra e o conceito por detras dela nos pode escravizar?

Por exemplo estamos a tornar-nos escravos do sistema e das instituicoes em prol desta palavra.
Ouco muita gente a falar de liberdade, eu proprio falo muito de liberdade, mas afinal saberei o que e a verdadeira liberdade?
Para ja o que e liberdade? qual o conceito?

..."Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários."... (http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade).

Temos a nocao de que a liberdade e um acto fisico, mas a liberdade nao e somente fisica, nao se processa principalmente a nivel fisico mas sim a nivel psicologico, a verdadeira liberdade processa-se quando conseguimos nos libertar de nos mesmos, da prisao da nossa mente, ela e a senhora toda poderosa de nos, a nossa mente e o que nos retem enclausurados aos nossos pequenos/grandes vicios, medos, orgulhos, vaidades, odios, credos, dogmas, desejos, sonhos, ela e que nos mantem no aqui e no agora, no presente e no passado, no espaco e no tempo.

Mas como nos libertarmos da sempre e omipresente mente, razao e pensamento, como nos libertarmos de nos mesmos, como conhecermos a verdadeira liberdade?

Qual a forma de buscarmos a liberdade total do ser? A nossa condicao primeva.

Para evoluir, o homem deve primeiro libertar a sua consciencia das amarras da ordem social, liberdade e alcancar nem que seja por breves instantes algo mais do que simples pensamentos e sentimentos, mas isso seria entrar em campos desconhecidos das nossas pessoas afim de obtermos o conhecimento total de nos e isso requer disciplina, vontade e uma total ausencia de medo, ou seja a verdadeira liberdade nao seria so a constituicao e a condicao dos comportamentos humanos voluntarios mas o transcender desses mesmos comportamentos, seria a nao limitacao, o completo acesso ao mais intimo de nos, o total acesso ao controle de nos mesmos e da nossa existencia, a verdadeira liberdade em toda a acepcao da palavra.

Resta saber ate que ponto estamos preparados para isso, ate que ponto estamos preparados a prescindir dos nossos conceitos pessoais e sociais, das rotinas da nossa vida em busca da liberdade, resta saber ate que ponto deixamos de somente falar, deixamos de somente sonhar com ela e passamos a descobri-la por inteiro, a aceita-la como facto e a faze-la parte integrante da nossa forma de estar e de ser, resta saber ate que ponto nos conseguiremos transcender a nos mesmos na realizacao do facto de conseguirmos e podermos ser realmente livres de amarras de todo o tipo, livres das amarras de nos mesmos, livres das amarras da nossa consciencia.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Musicas do Mundo - Bob Sinclair "Together"

"Together"


Sinceramente espero que um dia nos lembremos de que este velho mundo pertence a todos nos e que consigamos viver juntos uns com os outros em harmonia.




Bob Sinclair "Together"

Oh yeah we're back now, oh!
More bad news on the radio
Planet Earth she's about to explode, yeah.
The stars have lost their shine today
They have all been blown away
Together, only hope can be away

Let me hear you say

One day, we'll be together
We'll never be apart,
One heart, one mind yeah
One day we'll be together
Remeber this old world is yours and mine (yeah)

See that man with a pen and gun ?
Says its over for everyone (oh no)
No I don't believe it's true
But, I guess its up to me and you
Together, we will find a way through.

I believe in you

One day, we'll be together
We'll never be apart,
One heart, one mind yeah
One day we'll be together
Remember this old world is yours and mine (yeah)...

Oh oh oh..

Michio Kaku - Teoria do Impossivel

Michio Kaku (24 de Janeiro de 1947),e professor de teorias fisicas da Universidade da Cidade de Nova Iorque, internacionalmente reconhecido pelo seu trabalho em teorias da fisica e do meio-ambiente, e um fisico teorico estadunidense e considerado por muitos o equivalente ao Carl Sagan na nossa epoca, o Doutor Michio Kaku continua o que Albert Einsestein começou: a pesquisa da “teoria de tudo”, co-fundador da Teoria de campos de corda, um ramo da teoria das cordas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cordas), esta teoria e a candidata principal para os misterios do universo, que podem ser esclarecidos em uma unica equacao de apenas alguns centimetros de comprimento.

E actualmente muito conhecido pelo papel de porta-voz do mundo da fisica teorica, Kaku, , ja escreveu nove livros, incluindo Hyperspace: A Scientific Odyssey Through Parallel Universes, Time Warps e The Tenth Dimension and Visions e How Science Will Revolutionize the 21st Century. Ja apareceu em inumeros programas de televisao, entre eles, “Nightline”, “The Larry King Show” e “60 Minutes”, assim como em varios documentarios da PBS, tem se apresentado tambem nos canais de televisao TLC, BBC, TechTV e SciFi Channel.


Time Travel, Parallel Universes, and Reality


Mind Reading and Physics


Physics of Invisibility

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Musicas do Mundo - Stomp



STOMP

E uma unica combinacao entre percussao, movimento, ritmo e comedia visual, o grupo foi criado em Brighton na Inglaterra, no Verao de 1991 e foi o resultado de 10 anos de colaboracao entre Steve McNicholas and Luke Creswell.

Concebido a partir de teatro de rua, cheio de humor, ritmo e com um sapateado exuberante, onde o corpo incorpora-se a outros objetos do cotidiano, como meio de produzir percussao e movimento que nos transportam para um ritualismo tribal de alta performance, para eles a beleza e a musica sao uma constante quotidiana, presente em tudo, desde, botas a baldes, tampas dos caixotes de lixo a isqueiros e vassouras, de lava-loica a garrafoes, tudo serve como base para criar som, movimento, e incriveis performances teatrais fisicas.
Os Stomp tornaram-se rapidamente um sucesso mundialmente aclamado.

Ficam aqui alguns exemplos do que e fazer ritmo com lixo







domingo, 23 de agosto de 2009

Agostinho da Silva - «Estou aqui para olhar»

«Estou aqui para olhar». Era desta maneira que Agostinho da Silva interrompia as aulas que leccionava e ia para uma janela contemplar o exterior.


Ha alguns anos atras, fui assistir no liceu onde andava, a uma palestra, ou melhor a uma conversa (pois porque este senhor tinha conversas nao palestras), entre um professor universitario e alguns poucos alunos interessados no que ele tinha para dizer, esse professor era George Agostinho Baptista da Silva ou melhor o Professor Agostinho da Silva (13 de Fevereiro de 1906 — 3 de Abril de 1994).
Agostinho da Silva foi um filosofo, poeta e ensaista Portugues, que esteve empenhado atraves da sua vida e obra, numa mudança da sociedade e das mentalidades e que afirmava a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano, e referenciado como um dos principais intelectuais portugueses do seculo XX.
De Portugal, disse que devia ser o mais livre possivel dos tropecos do Estado, animado por missionarios e peregrinos, marcando como lugares sagrados todos os elementos de universo, quer do concreto quer do pensado, e sabendo que o acesso a eles nao passa pelas armas,mas sim atraves de todos os esforcos culturais que tendam, a entender todo o alheio e a exaltar o diferente acima do igual sem perder as faculdades do que lhe e proprio.
Espirito livre, inconformista e original em todos os dominios, colocou as ideias e a vida ao servico do pleno cumprimento de todas as possibilidades humanas, inspirador da Comunidade dos Paises de Lingua Portuguesa (CPLP), antecipou a urgencia da etica animal, bem como da consciencia ecologica, propondo um verdadeiro dialogo inter e trans-cultural, inter e trans-religioso, entre o Norte e o Sul, o Ocidente e o Oriente, apologista do debate de ideias que, num ciclo conturbado da civilizacao, pode promover um novo Renascimento integral e planetario, como forma de superar preconceitos e antinomias que sempre resultam em desarmonia, opressao e guerra.



  • «Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles foram meus, não são seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição, venha a pensar o mesmo que eu; mas, nessa altura, já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.» Agostinho da Silva, in "Sete Cartas a Um Jovem Filósofo".

  • «É certamente admirável o homem que se opõe a todas as espécies de opressão, porque sente que só assim se conseguirá realizar a sua vida, só assim ela estará de acordo com o espírito do mundo; constitui-lhe suficiente imperativo para que arrisque a tranquilidade e bordeje a própria morte o pensamento de que os espíritos nasceram para ser livres e que a liberdade se confunde, na sua forma mais perfeita, com a razão e a justiça, com o bem; a existência passou a ser para ele o meio que um deus benevolente colocou ao seu dispor para conseguir, pelo que lhe toca, deixar uma centelha onde até aí apenas a treva se cerrara; é um esforço de indivíduo que reconheceu o caminho a seguir e que deliberadamente por ele marcha sem que o esmoreçam obstáculos ou o intimide a ameaça; afinal o poderíamos ver como a alma que busca, após uma luta de que a não interessam nem dificuldades nem extensão.» Agostinho da Silva, in "Considerações".

  • «As liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito crítico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio, ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura se for alargando; para o bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte de preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de produção e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a sua liberdade de Espírito ou a liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma coacção de governo, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.» Agostinho da Silva, in "Textos e Ensaios Filosóficos".


  • «A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio; quem apareça manchado de superstição ou de fanatismo ou incapaz de separar e distinguir ou dominado pelos sentimentos e impulsos, não o tomarei eu como guia do povo; antes de tudo uma clara inteligência, eternamente crítica, senhora do mundo e destruidora das esfinges; banirá do seu campo a histeria e a retórica; e substituirá a musa trágica por Platão e os geómetras. Hei-de vê-lo depois de despido de egoísmo, atente somente aos motivos gerais; o seu bem será sempre o bem alheio; terá como inferior o que se deleita na alegria pessoal e não põe sobre tudo o serviço dos outros; à sua felicidade nada falta senão a felicidade de todos; esquecido de si, batalhará, enquanto lhe restar um alento, para destruir a ignorância e a miséria que impedem os seus irmãos de percorrer a ampla estrada em que ele marcha.
    Nenhuma vontade de domínio; mandar é do mundo das aparências, tornar melhor de um sólido universo de verdades; se tiver algum poder somente o veja como um indício de que estão ainda muito baixos os homens que lho dão; incite-o o sentir-se superior a mais nobre e rude esforço para que se esbatam e percam as diferenças; não aproveite para mostrar a sua força a fraqueza dos outros; o bom lutador deseja que o combatam mais rijos lutadores. Será grato aos contrários, mesmo aos que veem armados da calúnia e da injúria; compassivo da inferioridade que demonstram fará tudo que puder para que melhorem e se elevem; responderá à mentira com a verdade e ao ódio com o bem; tenazmente se recusará a entrar nos caminhos tortuosos; se o conseguirem abater, tocará com humildade a terra a que o lançaram, descobrirá sempre que do seu lado esteve o erro e de novo terá forças para a luta; e se o aplaudirem pense logo que houve um erro também.» Agostinho da Silva, in "Considerações e Outros Textos".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Musicas do Mundo - Simple Minds "Belfast Child"

"Belfast Child"

Belissima musica de 1989, composta pelos Simple Minds.

Nesta musica existe uma sonoridade muito semelhante aos U2, dai muitas vezes se confundir com eles ou ate se pensar que esta musica possa ser dos U2.

Uma excelente musica, para uma Irlanda fraticida, que necessita de respirar de novo.





When my love said to me
Meet me down by the gallow tree
For its sad news I bring
About this old town and all that its offering
Some say troubles abound
Some day soon theyre gonna pull the old town down

One day well return here,
When the belfast child sings again

Brothers sisters where are you now
As I look for you right through the crowd
All my life here Ive spent
With my faith in God the church and the government
But theres sadness abound
Some day soon theyre gonna pull the old town down

One day well return here,
When the belfast child sings again
When the belfast child sings again

Some come back billy, wont you come on home
Come back mary, youve been away so long
The streets are empty, and your mothers gone
The girls are crying, its been oh so long
And your fathers calling, come on home
Wont you come on home, wont you come on home

Come back people, youve been gone a while
And the war is raging, in the emerald isle
Thats flesh and blood man, thats flesh and blood
All the girls are crying but alls not lost

The streets are empty, the streets are cold
Wont you come on home, wont you come on home

The streets are empty
Life goes on

One day well return here
When the belfast child sings again
When the belfast child sings again

domingo, 16 de agosto de 2009

What the #$*! Do We (K)now!?

What the Bleep Do We Know?‏

Afinal o que sabemos nos?

No inicio era o vazio, transbordando de infinitas possibilidades, das quais nos seres humanos, somos somente uma delas e nao a unica.

Nos que passamos a maior parte das nossas vidas ocupados com o nosso dia a dia, e tomamos tudo aquilo que aprendemos como certo, esquecemo-nos que historicamente grande parte de tudo o que sabiamos e tinhamos como realidade na altura e agora incorrecto, como tal se tomarmos a historia como exemplo muitas coisas que sabemos e temos certeza sobre o mundo e o que nos rodeia, pode nao ser a verdade.

Mas afinal quem somos, de onde viemos, o que devemos fazer, para onde vamos?

What the Bleep Do We Know!? (Quem somos nos?),e um filme/documentario de 2004, combina documentario, entrevista e uma narrativa de ficcao que conecta ciencia e espiritualidade.Os topicos discutidos no filme, incluem neurologia, mecanica quantica, psicologia, epistemologia, ontologia, metafisica, pensamento magico e espiritualidade, sao apresentadas entrevistas com especialistas em ciencia e espiritualidade, intercaladas com a historia de uma fotografa surda e de como ela vai lidando com situacao em que vive, com a sua amargura, com a sua solidao, temos tambem a animacao digital que tenta explicar certas reaccoes quimicas no dentro do corpo humano, como uma forte caracteristica do filme.

Trailer:

http://www.youtube.com/watch?v=Hi_UFSShQHU

Filme completo:

http://video.google.com/googleplayer.swf?docId=-4431006927936421876&hl=en&autoplay=1


Nada melhor do que ver este "Afinal o que sabemos nos?" e cada um que tire as suas proprias conclusoes.

sábado, 15 de agosto de 2009

Jiddu Krishnamurti

Jiddu Krishnamurti (11 de Maio de 1895 - 17 de Fevereiro de 1986) foi um filosofo e mistico indiano.

Entre seus temas estao incluidos revolucao psicologica, meditacao, conhecimento, relacoes humanas, a natureza da mente e a realizacao de mudancas positivas na sociedade global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolucao na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolucao nao poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, politica ou social.

"O problema por conseguinte, e este: para que o homem possa transformar-se radicalmente, fundamentalmente, torna-se necessaria uma mutacao nas proprias celulas cerebrais de sua mente. Dizem-nos que devemos mudar, que devemos agir, que devemos transformar nossa mente, nosso coracao, tornar-nos uma coisa totalmente diferente. Isso vem sendo pregado ha milhares de anos por homens muito serios, muito ardorosos, e tambem por charlataes interessados em explorar o povo. Mas, agora, chegamos ao ponto em que nao ha mais tempo a perder. Compreendei isto por favor. Nao dispomos de tempo para efetuar gradualmente tal transformacao. Os intelectuais de todo o mundo estao reconhecendo que o homem se acha a beira de um abismo, na iminencia de destruir a si proprio. Nem religioes, nem deuses, nem salvadores, nem mestres, nem as lenga-lengas dos gurus, poderao impedi-los. Dizem os intelectuais ser necessário inventar uma nova droga, uma 'pilula dourada' capaz de produzir uma completa transformacao quimica; e os cientistas provavelmente descobrirao esta droga. Nao sei se estais bem a par dessas coisas. Ora conquanto o organismo fisico seja um produto bioquimico, pode uma droga, uma superdroga fazer-vos amar, tornar-vos bondosos, generosos, delicados, nao violentos?
Não o creio; nenhum preparado quimico pode fazer os homens amarem-se uns aos outros. O amor nao e um produto do pensamento; tambem nao e cultivavel, como a flor que cultivamos em nosso jardim. O amor nao pode ser comprado numa drogaria, e o amor e a unica coisa que podera salvar o homem - e nao os artificios das religioes, nem seus ritos, nem todos os exercitos do mundo. Podemos fugir, assistindo a concertos, visitando museus, entregando-nos a divertimentos de toda ordem - debalde! - porque o homem se acha hoje em dia em presenca de um tremendo problema: se tem a possibilidade de transformar-se radicalmente, de efetuar uma total mutacao de sua consciencia, nao amanha, nem daqui a alguns anos, mas agora! Eis o problema principal: se o homem, em qualquer pais que viva, com todas as suas belezas naturais, e capaz de operar uma mutacao radical em seu interior, imediatamente. E nao podeis resolve-lo com vossas crencas, vossas ideologias, vossos deuses, salvadores, sacerdotes e rituais. Essas coisas ja nao tem o menor significado."

O que e a Criacao:
http://www.youtube.com/watch?v=aFqevhTXMP0

Unidade do ser humano:
http://www.youtube.com/watch?v=QD062mU9Uhs&feature=related

Viver sem conflito:
http://www.youtube.com/watch?v=Xg0tOj6GRGY&NR=1

Porque nao mudas?
http://www.youtube.com/watch?v=WEIfMqM5wnM&feature=related

Devaneios sobre a felicidade

Todos nos devemos chegar a um momento nas nossa vidas, em que temos de parar, analisar bem a nossa existencia, chegarmos a um acordo connosco mesmos e seguirmos caminho.
Mas seguirmos sem olhar para tras, limpos do passado mas com a certeza do que queremos para o futuro, darmos uma nova chance a nos mesmos, um novo recomeco, uma nova vida.
O problema e o medo que temos de novos comecos, o medo que a inseguranca nos causa de novos recomecos, por isso grande parte de nos mantem a mesma existencia, ano apos ano, mes apos mes, semana apos semana, dia apos dia e tentamos convencermo-nos de que somos felizes.
Mas por dentro? Se analisarmos verdadeiramente o nosso interior e ouvirmos aquilo que tentamos esconder de nos mesmos? Sera que chegamos a conclusao que somos felizes? Que aquilo que temos agora e o que nos convem como seguranca ou comodidade, ou sera que temos aquilo que nos faz ser felizes e realmente o somos? Afinal escolhemos o comodo ou a felicidade?
O que precisamos para podermos dizer que somos felizes?
O que e aquilo que todos desejamos?
O que e a felicidade?
Para mim a felicidade e um momento, um instante, porque sempre que somos felizes o tempo corre de uma forma diferente, quando olhamos ja passou e depois nada mais fica do que uma recordacao gravada no inconsciente.
Nos meus 40 anos de existencia sempre busquei a felicidade, mas ate agora tenho conhecido essa felicidade por momentos, por instantes, em segundos ou meses que passam como segundos, e durante a minha vida conheci infelizmente muitas poucas pessoas que tenham vivido uma vida realmente feliz, que tenham sido ou que sejam e se sintam realmente felizes, mas tambem muito poucas delas fizeram algo para alterar essa situacao.
Conheci poucas pessoas bem com elas mesmo e com o mundo, mas conheci muitas que se iludiram e continuam a iludir a si mesmas com vislumbres de felicidade em formas de sonho, e todos temos os nossos, mas quantas vezes abdicamos da nossa seguranca para arriscar seguir esses sonhos? quantas vezes arriscamos viver esses sonhos, quantas vezes arriscamos para os tornar realidade? Quantas vezes nao ficamos a tremer de medo e damos alguma desculpa a nos mesmos? Ainda nao e o momento... tenho de esperar mais... ele(a) nao me da seguranca... nao tenho dinheiro... nao tenho possibilidades... sou infeliz com a escolha que fiz e agora tenho de aceitar isso... e o destino... tenho de me resignar... nao tenho hipoteses... nao consigo alcancar... nao devo pensar nisso.... tenho medo... tenho medo... tenho medo... estou bem assim.
E no entanto continuamos a viver de sonhos mas so enquanto sonhos e a relembrar o que poderiamos ter feito, o que poderiamos ter sido, o que poderiamos ter conseguido e estagnamos ai, tornamos a nossa vida vazia a partir desse momento, do momento em que aceitamos uma condicao como inalcansavel e deixamos de lutar por ela, quando deixamos de seguir em frente, quando dizemos para nos mesmos...estou bem assim.
Conheci uma senhora de idade, uma vez num banco de um hospital, que ao falarmos me deu uma enorme sensacao de bem estar e de harmonia, sabem aquela paz que vem com a idade e que nos faz pensar, uma pessoa que fala do amor e da felicidade como se o tivesse vivido sempre e pensamos, esta pessoa foi feliz na sua existencia, foi feliz enquanto mulher, foi feliz enquanto esposa, foi feliz enquanto mae, mas com o desenvolver da conversa, afinal o que aquela senhora teve foi toda uma vida de solidao e amargura, que lhe deu toda aquela paz interior, e que ao fim nos deu um concelho, a mim e a pessoa que estava comigo que era o facto de amarmo-nos sempre um ao outro e arranjarmos forca e compreensao nesse amor, porque essa era a verdadeira felicidade, o termos alguem com quem partilhar, o termos alguem connosco com o qual nos possamos sentir completos.
Acho que nao estavamos crescidos para entender isso.
E complicado sermos adultos, termos de agir como adultos, pelo menos da forma como todos esperamos que os adultos ajam, como tal refugiamo-nos nos sonhos, como tal, todos nos continuamos a sonhar com a felicidade, porque e isso que nos faz levantar da cama todos os dias para irmos trabalhar, porque sonhamos que o dinheiro nos possa trazer felicidade, e isso que nos faz aguentar filas de trafego indiscritiveis, e isso que nos faz aguentar todo o stress cotidiano a que estamos sujeitos, e isso que nos faz aguentar a pessoa com que estamos ao lado, porque sonhamos que o amor nos traz felicidade quando muitas vezes perguntamos a nos mesmos, afinal quem e a pessoa com que passei todos estes anos? E quando chegamos a conclusao que nao conhecemos a pessoa que temos junto a nos, resta-nos a pergunta, o que estou aqui a fazer? E quem nao se perguntou ja isto pelo menos uma vez na vida? Afinal o que estou aqui a fazer?
Mas no entanto o que fizemos para mudar?
O que fizemos para alcancar os nossos sonhos?
O que fizemos para podermos dizer que somos felizes?

Musicas de Sempre - Nazareth (Love Hurts)

"Love Hurts"

Original de Nazareth




Love Hurts
Love's scars,
love wounds and marks
Anyone not tough
or strong enough

to take a lot of pain
take a lot of pain
Love is like a flower
pours a lot of rain

Love Hurts
Love Hurts

I'm young,
I know
But even so
I know a thing, or two
I've learned from you

I really learned a lot
Really learned a lot
Love is like a flame
Burns you when its hot

Love hurts
Love hurts
Love hurts

Some fools dream of happiness
Blissfullness, togetherness
Some fools fool themselves
I guess
But they're not fooling me

You know it isn't true
Know it isn't true
Love is just a lie
Made to make you blue

Love hurts
Love hurts
Love hurts

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pierre-Auguste Renoir - Menina com as Espigas

Hoje sonhei com uma menina de vestidinho a correr pelo campo e a colher flores.






















Lembrei-me entao desta pintura de Renoir, a pureza das feicoes, a paz e a harmonia que se sentem inerente a toda a composicao, acho que expressa bem o que eu senti.

Fernando Pessoa - Hora Absurda

Hora Absurda

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraiso...

Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte...
O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto...
Minha idéia de ti é um cadáver que o mar traz à praia..., e entanto
Tu és a tela irreal em que erro em côr a minha arte...

Abre tôdas as portas e que o vento varra a idéia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões...
Minha alma é uma caverna enchida p'la maré cheia,
E a minha idéia de te sonhar uma caravana de histriões...

Chove ouro baço, mas não no lá-fora...É em mim...Sou a Hora,
E a Hora é de assombros e tôda ela escombros dela...
Na minha atenção há uma viúva pobre que nunca chora...
No meu céu interior nunca houve uma única estrela...

Hoje o céu é pesado como a idéia de nunca chegar a um porto...
A chuva miúda é vazia...A Hora sabe a ter sido...
Não haver qualquer coisa como leitos para as naus!...Absorto
Em se alhear de si, teu olhar é uma praga sem sentido...

Tôdas as minhas horas são feitas de jaspe negro,
Minhas ânsias todas talhadas num mármore que não há,
Não é alegria nem dor esta dor com que me alegro,
E a minha bondade inversa não é nem boa nem má...

Os feixes dos lictores abriram-se à beira dos caminhos...
Os pendões das vitórias medievais nem chegaram às cruzadas...
Puseram in-fólios úteis entre as pedras das barricadas...
E a erva cresceu nas vias férreas com viços daninhos...

Ah, como esta hora é velha!... E tôdas as naus partiram!
Na praia só um cabo morto e uns restos de vela falam
De longe, das horas do Sul, de onde os nossos sonhos tiram
Aquela angústia de sonhar mais que até para si calam...

O palácio está em ruínas... Dói ver no parque o abandono
Da fonte sem repuxo... Ninguém ergue o olhar da estrada
E sente saudade de si ante aquêle lugar-outono...
Esta paisagem é um manuscrito com a frase mais bela cortada...

A doida partiu todos os candelabros glabros,
Sujou de humano o lago com cartas rasgadas, muitas...
E a minha alma é aquela luz que não mais haverá nos candelabros...
E que querem ao lago aziago minhas ânsias, brisas fortuitas?...

Por que me aflijo e me enfermo?...Deitam-se nuas ao luar
Tôdas as ninfas...Veio o sol e já tinham partido...
O teu silêncio que me embala é a idéia de naufragar,
E a idéia de a tua voz soar a lira dum Apolo fingido...

Já não há caudas de pavões tôdas olhos nos jardins de outrora...
As próprias sombras estão mais tristes...Ainda
Há rastros de vestes de aias (parece) no chão, e ainda chora
Um como que eco de passos pela alameda que eis finda...

Todos os ocasos fundiram-se na minha alma...
As relvas de todos os prados foram frescas sob meus pés frios...
Secou em teu olhar a idéia de te julgares calma,
E eu ver isso em ti é um pôrto sem navios...

Ergueram-se a um tempo todos os remos...pelo ouro das searas
Passou uma saudade de não serem o mar...Em frente
Ao meu trono de alheamento há gestos com pedras raras...
Minha alma é uma lâmpada que se apagou e ainda está quente...

Ah, e o teu silêncio é um perfil de píncaro ao sol!
Tôdas as princesas sentiram o seio oprimido...
Da última janela do castelo só um girassol
Se vê, e o sonhar que há outros põe brumas no nosso sentido...

Sermos, e não sermos mais!... Ó leões nascidos na jaula!...
Repique de sinos para além, no Outro Vale... Perto?...
Arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula...
Por que não há de ser o Norte e Sul?... O que está descoberto?...

E eu deliro... De repente pauso no que penso...Fito-te...
E o teu silêncio é uma cegueira minha...Fito-te e sonho...
Há coisas rubras e cobras no modo como medito-te,
E a tua idéia sabe à lembrança de um sabor de medonho...

Para que não ter por ti desprêzo? Por que não perdê-lo?...
Ah, deixa que eu te ignore...O teu silêncio é um leque...
Um leque fechado, um leque que aberto seria tão belo, tão belo,
Mas mais belo é não o abrir, para que a Hora não peque...

Gelaram tôdas as mãos cruzadas sôbre todos os peitos....
Murcharam mais flores do que as que havia no jardim...
O meu amar-te é uma catedral de silêncio eleitos,
E os meus sonhos uma escada sem princípio mas com fim...

Alguém vai entrar pela porta...Sente-se o ar sorrir...
Tecedeiras viúvas gozam as mortalhas de virgens que tecem...
Ah, o teu tédio é uma estátua de uma mulher que há de vir,
O perfume que os crisântemos teriam, se o tivessem...

É preciso destruir o propósito de tôdas as pontes,
Vestir de alheamento as paisagens de tôdas as terras,
Endireitar à fôrça a curva dos horizontes,
E gemer por ter de viver, como um ruído brusco de serras...

Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!...
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã --- como nos desalegra!...
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra...

Suave, como ter mãe e irmãs, a tarde rica desce...
Não chove já, e o vasto céu é um grande sorriso imperfeito...
A minha consciência de ter consciência de ti é uma prece,
E o meu saber-te a sorrir é uma flor murcha a meu peito...

Ah, se fôssemos duas figuras num longínquo vitral!...
Ah, se fôssemos as duas cores de uma bandeira de glória!...
Estátua acéfala posta a um canto, poeirenta pia batismal,
Pendão de vencidos tendo escrito ao centro este lema... Vitória!

O que é que me tortura?... Se até a tua face calma
Só me enche de tédios e de ópios de ócios medonhos...
Não sei...Eu sou um doido que estranha a sua própria alma...
Eu fui amado em efígie num país para além dos sonhos...

Musicas de Sempre - "What a Wonderful World" - Louis Armstrong

"What a Wonderful World"

Foi escrita por Bob Thiele e George David Weiss para a voz de Louis Armstrong e lançada como compacto no inicio do Outono de 1967.
A intencao era que esta musica servisse de antidoto ao carregado clima racial e politico que se vivia nos Estados Unidos, a cancao detalha o deleite do cantor pelas coisas simples do dia-a-dia, mantendo um tom esperançoso e otimista em relacao ao futuro.
Vivemos num Planeta maravilhoso, pena e que nem sempre nos apercebamos disso e nem sempre lhe damos o real valor que ele merece.




What a Wonderful World (George Weiss / Bob Thiele)

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colours of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shakin' hands, sayin' "How do you do?"
They're really saying "I love you"

I hear babies cryin',
I watch them grow
They'll learn much more than I'll ever know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself,
what a wonderful world

Oh yeah

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Musicas do Mundo - Gary Jules "Mad World"

"Mad World"




Não há necessidade de palavras.

Gripe - O novo surto a escala mundial

O Virus da Gripe Suina pode ter sido criado intencionalmente..Como uma nova Arma Biológica...

A gripe suina refere-se a uma estirpe de gripe que habitualmente infecta porcos, especie onde esta doenca tem cariz endemico.
Este ano todas estas estirpes sao encontradas no virus da gripe C e nos subtipos do virus da gripe A ,que sao conhecidos como H1N1, H1N2, H3N1, H3N2, e H2N3.
A pandemia de gripe de 2009 (primeiro designada como gripe suina e depois como gripe A) e um surto de uma variante da gripe suina cujos primeiros casos ocorreram no Mexico (La Gloria, distrito de Perote, nas granjas Carroll, subsidiaria da Smithfield Foods que se trata da maior empresa de clonagem e criacao de suinos do mundo, com filiais em toda a America do Norte, na Europa e China.) em meados do mes de março de 2009, espalhou-se pelo mundo, tendo comecado pela EUA, e depois a Europa e a Oceania, o virus foi identificado como Influenza A, subtipo H1N1, uma variante nova da gripe suina que contem ADN tipico de virus aviarios, suinos e humanos (?), incluindo elementos dos virus suinos europeus e asiaticos, esta mistura nao acontece na natureza, levando a suspeita que este virus fosse criado em laboratorio pois e uma recombinacao de tres letais virus: gripe aviaria (H5N1), gripe espanhola (H1N1) e uma variacao humana da gripe suina.
A Organização Mundial da Saude (OMS) declarou em 25 de Abril que a epidemia e um caso de "emergencia na saude publica internacional", isto significa que os paises em todo o mundo devem acentuar a vigilancia em relacao a propagacao do virus, no dia 27 de Abril a OMS elevou o nivel de alerta pandemico para 4 significando que se verifica transmissao pessoa a pessoa, dois dias depois, o alerta e elevado para o nivel 5, significando que ha a transmissao da doença entre pessoas em pelo menos dois paises ( a escala da OMS vai de 1 a 6), No dia 11 de Junho o nivel de alerta subiu ao maximo (nivel 6) e foi decretada a pandemia.
A Organizacao Mundial de Saude acredita que a pandemia de gripe A podera «circular no mundo entre um a dois anos».
Pouco depois de anunciar a primeira pandemia do sec. XXI, o numero dois da OMS explicou que este virus «vai circular no mundo inteiro durante um a dois anos e vai contaminar pessoas de uma forma pandemica».
Mais de 700 pessoas ja morreram devido a infeccao pelo virus H1N1, em todo o mundo (o virus esta dissiminado em mais de 75 paises).
Agora vejamos este assunto a outro nivel, ao nivel de quem e dono das grandes farmaceuticas, ao nivel de quem beneficia com toda este enredo, ao nivel de quem nao se interessa ABSOLUTAMENTE nada com a vida ou o bem estar dos seus semelhantes, ao nivel de quem beneficia com a morte e desolacao, vou dar como exemplo paises pequenos como Portugal onde a pandemia pode custar 700 milhoes de euros (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1314530), ou Suica onde a soma vai aos 5,5 bilhoes de dolares (http://www.swissinfo.ch/por/multimidia/audios_podcast/index.html?siteSect=15050&sid=11015307&autoPlay=y), agora imaginemos estes numeros a escala de paises como Franca, Alemanha ou EUA, estamos a falar de somas absolutamente astronomicas numa era de grande crise financeira mundial, quanto nao vale a pena espalhar doenca.
Se pensarmos que afinal os grandes accionistas das poderosas farmaceuticas sao os mesmos das poderosas companhias petroliferas e os mesmos das poderosas empresas de meios de comunicacao, nao sera de estranhar que neste momento este virus esta sendo mais disseminado pela midia do que pelo contato pessoal, esta sendo criado um neo-terrorismo, um terrorismo branco, onde o inimigo nao e nenhum adorador de Ala, nem um pais produtor de petroleo, porque esse terror esta meio esgotado, ja usaram muito esse tema e as pessoas ja se comecam a aperceber da mentira por detras dele, agora e tempo de criar um novo terror e mais uma vez sao os inocentes que o irao pagar, mais uma vez seremos todos nos a paga-lo.

Vale a pena ler este post no seguinte endereco:
http://sarauxyz.blogspot.com/2009/05/o-nome-da-gripe-e-smithfield-foods.html

Circula na net um filme de 10 minutos do Dr.Leonard Horowitz que fala sobre este Virus e como ele pode ter sido gerado, como cada um acredita naquilo que quiser, nao ha nada melhor do que assistir ao filme e tirar as nossas proprias conclusoes.

http://videolog.uol.com.br/video?467386